Viver fixado no passado e no futuro, sabemos que não é saudável. O ideal é viver o presente com atitudes dígnas, coerentes e de acordo com a nossa consciência.
Por sermos seres dotados de memória, por vezes nos pegamos a lembrar de algo do passado...quando porém, este nos trás boas recordações, saudades, penso que valha a pena lembrar.
Volto no tempo e, me vejo aos sete anos de idade , morando numa pequenina cdade, interior do Sul da Bahia; Gandu, onde nasci e vivi os primeiros anos da minha vida.
Morávamos numa casa ampla, arejada, com um quintal grande e bastante arborizado...ali era o nosso mundo ( irmãs, primos , amiguinhos e eu) .. Brincávamos durante o dia e imaginação não nos faltava...com bonecas simples e outros brinquedos improvisados, nos contentávamos com o que estivesse ao nosso alcance.As cadeirinhas por exemplo, eram feitas de caixinhas de fósferos vazia, um telefone que era feito com duas latinhas ligadas a um longo pedaço de barbante...até "achávamos" que conseguíamos nos "comunicar". Balanços de cordas grosseiras amarradas à árvore ou sob o piso dos fundos da casa que era de assoalho, onde também nos abrigávamos da chuva e sem interromper as brincadeiras.
Todos conhecíamos os pais uns dos outros, os quais por nós eram respeitados e que, um simples olhar de censura deles, nos fazia enrubecer.
À noite, brincávamos na rua até às 21:00hs e sempre por perto de casa, embora não houvesse qualquer tipo de violência.Ainda à noite, antes de nos recolhermos e quando já estávamos exaustos, nos sentávamos na calçada, onde muito atentos ouvíamos as lindas histórias de "Seu" Guilherme, um velhnho varredor de rua muito querido pela criançada.Quando o sono nos vencia, os menores se encostavam nos maiores e por muitas vezes , levados nos braços de um adulto para a cama.
Não exiastia computador, celular...e, em lugar de super-mercado havia o armazém. Os pequenos comércios de comestíveis eram "vendas", onde se comprava "fiado" e com caderneta.Refrigerante só em festinha de aniversário.Os picolés eram de forminhas de geladeira e comprados na casa da visinha.
Havia um cinema, onde por vezes íamos aos domingos à tarde, "maitinê".Na praça da igreja, havia um parque fixo de diversões.O vigia deste parqaue era nosso amigo : " Seu "Alfredo e, antes de tocar o apito que anunciava o encerramento, ele nos avisava...evitando assim, que saíssemos no tumulto...as crianças se atropelando uma às outras.
Era tudo tão simples, tão puro e divertido...Saudades! Tenho muitas saudades do "Seu" Ramos, da minha professora Raimunda, do "seu" Guilherme de quem já me referi acima, do meu vô, da minha vó, das minhas irmãs, dos meus primos, dos meus amigos.Èramos briguentos, atrapalhados mas "um por todos e todos por um". Tenho também saudades de Marize, mulher bonita e solitária de quem era eu uma pequenina muito amada...ela era tão doce ,terna...
Tenho saudades também da escola...onde, antes das aulas , nos reuníamos no pátio para reverentemente rezar o Pai Nosso e cantar o Hino Nacional.Na sala de aula, ao entrar qualquer visitante nos levantávamos todos quase que automaticamente , assim permanecendo até que a professora acenasse para que nos sentássemos.
A única igreja, ficava quase sempre aberta.Ali, entravam pessoas para refletir, para desansar um pouco,para rezar, quem sabe...à procura de paz e até para se abrigar de uma repentina chuva...
Onde estarão todos? Certamente alguns já faleceram...Quem de nós, na nossa inocência, poderia imaginar que ao longo da vida, cada um tomaria seu próprio rumo e assim nos separaríamos muitos até para sempre e sem reencontros.
Tempo longíncuo, simples, saudável , que nos deixou legados e saudades, somente saudades...
Abraço fraterno e beijo azul...
(A menininha desta foto é desconhecida)
Irmã!! vc se esqueceu de citar o refrigerante "roubado" noite enquanto nosso pai dormia e nossa mãe vencida pelo nossos apelos enquanto costurava até altas horas nos autorizava a pegar um refrigerante. " Tomem cuidado para a porta não rangir" dizia ela,para que pai não nos ouvisse.Coitada corria o "risco" de sermos pegas como ja havia acontecido e ela assumindo que havia nos autorizado e sofrendo as "cosequencias"rsrsr hoje ,acho engraçado mas, na época morria de pena dela,pois ouvia desaforos por dias!! lembra disso?
ResponderExcluirVerdade. Lembro sim.inclusive de ela ter o cuidado de arrumar na pretaeleira, de forma que ele não percebesse o "furto"...rsrsrs. Bons empos, não?
ResponderExcluirBjo, irmã.
Vc se esqueceu do louro de mãe Virgem que mandava Deva sair da rua!!! rsrsrsr era hilario qdo Deva ficava brava pois não vinha nenhum carro!! acho que vc não lembra desse episódio pois era a "menorzinha" da turma (em todo os sentidos da turma)haha!!!
ResponderExcluir... e do louro (papagaio) de mãe Virgem,que mandava Deva sair da rua por que vinha carro e ela ficava brava com o louro pois não vinha nenhum carro ahahah era hilário.Vc não deve lembrar pois era a menorzinha da turma ( em todos os sentidos) rsrsrr
ResponderExcluirÉ claro que me lembro... apesar de ser a "menorzinhaaaaaa"rsrsrsrs não era a mais "novinhaaaaaaaaaaaaa?"ahahaha.Lembra também do "par de jarros"? E de como imitávamos os maiôs das misses?quanta saudade....
ResponderExcluirBjo